domingo, dezembro 7

Ah eu achava..


Eu achava que viver era simples, que cantava em Si direitinho, que aprenderia a tocar violino, que velejaria pelo mundo e nunca bateria a cabeça no mastro, que escalaria sem luxar um músculo sequer, que me curava rápido, que nunca tinha tido um grande amor e que este só se tem uma vez. Achava filosofia interessante porque me preenchia, que nunca iria querer me casar ou ter filhos já que os recursos do mundo estão cada vez mais escassos. Achava que pensava por conta própria, e que as loucuras da minha cabeça não eram minhas. Carpe Diem.

Aprendi que...

Aprender é diferente de achar; Os meus dias não estavam maduros o suficiente para eu colhê-los; As minhas loucuras são as únicas coisas realmente minhas; Filosofia me esvazia, uma vez que eu estava repleta de certezas que não me pertenciam. O amor pode ser uma flor brejeira que nasce a cada manhã e morre ao entardecer, ou um fóssil que conta a história de uma paixão bem preservada. Luxar um músculo dói. Bater a cabeça me faz pensar no que há dentro dela, quanto a volta ao mundo ainda não a fiz. Violinos continuam lindos se eu não estiver os tocando. Deixei a Toccata para o fantasma da ópera. Complico a minha vida ao estremo. Ainda não aprendi nada....


E você? Seja bem-vindo!