domingo, dezembro 7

Ah eu achava..


Eu achava que viver era simples, que cantava em Si direitinho, que aprenderia a tocar violino, que velejaria pelo mundo e nunca bateria a cabeça no mastro, que escalaria sem luxar um músculo sequer, que me curava rápido, que nunca tinha tido um grande amor e que este só se tem uma vez. Achava filosofia interessante porque me preenchia, que nunca iria querer me casar ou ter filhos já que os recursos do mundo estão cada vez mais escassos. Achava que pensava por conta própria, e que as loucuras da minha cabeça não eram minhas. Carpe Diem.

Aprendi que...

Aprender é diferente de achar; Os meus dias não estavam maduros o suficiente para eu colhê-los; As minhas loucuras são as únicas coisas realmente minhas; Filosofia me esvazia, uma vez que eu estava repleta de certezas que não me pertenciam. O amor pode ser uma flor brejeira que nasce a cada manhã e morre ao entardecer, ou um fóssil que conta a história de uma paixão bem preservada. Luxar um músculo dói. Bater a cabeça me faz pensar no que há dentro dela, quanto a volta ao mundo ainda não a fiz. Violinos continuam lindos se eu não estiver os tocando. Deixei a Toccata para o fantasma da ópera. Complico a minha vida ao estremo. Ainda não aprendi nada....


E você? Seja bem-vindo!

quarta-feira, janeiro 23

Quem sou eu?

Sou quem paira ao redor das próprias ações por tentar a visão que tem de si. Como um satélite que busca rotar em torno do eu bruto e concentrado.
Quero ser como o cristal que é lapidado a fim de tornar-se prisma para ser um agente multiplicador das luzes geradas a partir de puros sentimentos. Como pedra que não sou, pulsos de vida foram dados a mim, conjuntamente, vieram as forças de transformação e com elas a capacidade de lapidar-se. Também a certeza de que todos podemos guiar nossas vidas em bom curso.
O botão que floresce na primavera; quero florescer a cada manhã como se todas elas de primavera fossem. Alegrando as pessoas com meu doce aroma.
Assim como a lua é iluminada pelo sol; serei noite enluarada para retribuir e enfeitar a vida dos que sempre me iluminam com os raios de seu afeto.